segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

for your consideration


Sussa, sim, Tranquilo.e realmente as coisas estão traquilas mesmo, sabe? Mas, acredite, não vou ficar aqui dizendo de que a vida está sorrindo e depois de toda a confusão as coisas voltaram para os eixos. E, talvez, nem confusão seja a palavra correta: era aquele período das coisas se assentarem, reorganizando seria a palavra correta, como se estivesse tocando uma música que você não sabe dançar e se está no meio da pista. Pode vir aquela sensação de nudez extrema por não saber como se comportar ou fecha-se os olhos e vai-se dançando mesmo sem saber, adivinhando o próximo movimento na pura intuição até que a coisa vai, a coisa flui num crescendo, até que se perca o pudor e, veja, dança-se mesmo sem querer. Pois bem, dancei bem, tá tudo bem e só não vou ficar repetindo cada passo e cada virada porque não concordo com essa conduta de se ficar dizendo que a vida está melhor e plena, estou satisfeito e seguindo mesmo que se escorregue e chore de vez em quando, bem de vez em quando, não vou partilhar do exercício de jogar na cara milhares de felicidades com o intuito de magoar pelo brilho, pelo doce, pela mágica que tem acontecido diariamente. Não vou dizer que agora estou melhor assim, muito embora seja verdade. Direi somente: bem, talvez, bem raso, bem simples, atropelos tropeços e correrias, contas para pagar e o boleto que não chega, as sextas que não acabam e, poxa, nem fui para Patagônia ou mijei em Machu Picchu, nem tenho bebido tanto e talvez pensando em parar de jogar. Bem, fico bem em perceber que vocês estão tão bem também. A gente se cruza por aí.
*(créditos ao Martin...(esqueci o sobrenome), que inspirou este.)

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